Os contraceptivos de emergência são métodos para evitar uma gravidez não desejada, depois de ter havido relações sexuais sem protecção. Geralmente, é considerado necessário recorrer a este método quando:
se rompe um preservativo durante a relação sexual;
a mulher se esqueceu de tomar a pílula ou não a tomou da forma correcta e teve relações sexuais;
é um caso de violação;
há situações - a analisar caso a caso - em que tenham ocorrido relações sexuais não protegidas (por exemplo, um daqueles "arroubos" de paixão a que nenhum dos envolvidos foi capaz de resistir e antes do qual ninguém parou para pensar).
Regra geral, não se trata de nada de especial; apenas uma pílula contraceptiva "normal", com uma dosagem diferente da habitual. As pílulas de contracepção de emergência devem ser tomadas o mais cedo possível (a primeira, o mais tardar, até 72 horas após o acto sexual sem protecção).
O que fazer?
O mais indicado é que se dirija ao seu médico assistente, ao ginecologista ou à consulta de Planeamento familiar do Centro de Saúde da sua área de residência. É importante que a mulher fale com um médico antes de recorrer à contracepção de emergência pois, apesar de esta ser uma opção simples e segura para a maioria das mulheres, existem casos particulares em que este método não é aconselhado sem supervisão médica. É o caso de mulheres que possam:
- não ter a certeza de ter ou não engravidado no último mês (atenção a sinais como náuseas, aumento do volume das mamas, anormalidades no último período menstrual);
- ter cancro da mama;
- ter um tumor no sistema reprodutor;
- ter problemas cardíacos;
- ter coágulos nas pernas (varizes, p.e.) ou pulmões;
- ter doenças como diabetes, problemas de fígado, doenças de coração, doenças de rins, fortes enxaquecas ou hipertensão;
- qualquer doença que possa constituir um risco para a sua saúde.
Como tomar?
A contracepção de emergência faz-se em duas etapas. A primeira toma deve ser feita o mais cedo possível, até 72 horas após a relação sexual sem protecção. A segunda toma deve ser feita 12 horas depois da primeira toma.
Meia-hora antes de cada toma, é aconselhável tomar um comprimido para o enjôo (para prevenir eventuais vómitos).
A tabela seguinte, obtida a partir da página de Internet da Associação para o Planeamento da Família (APF), revela a forma de aplicar este método recorrendo a marcas presentes no mercado português. Note-se que já existe no nosso mercado uma embalagem de quatro pílulas para contracepção de emergência, o Tetragynom).
ATENÇÃO!!!
A contracepção de emergência é uma "bomba hormonal", que actua activamente sobre o sistema reprodutor da mulher, logo, este método não deve ser utilizado repetidamente, sendo importante discutir com um técnico de saúde o tipo de contracepção regular que se deseja escolher. Assim, três semanas depois da tomada das pílulas, vá a uma consulta médica para escolher o novo método e excluir uma possível falha da contracepção de emergência.
Se depois de recorrer a este método a mulher desejar ter relações sexuais, é muito importante que utilize um método de barreira (preservativo ou outro) até ao aparecimento do período menstrual.
Nota final:
O que torna este método pouco atraente (recordar que se trata de um método de emergência):
Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis, o que inclui a SIDA, entre outras.
Tem que ser posto em prática muito rapidamente.
Implica ter uma caixa de pílulas "sempre à mão".
Pode provocar efeitos secundários (enjoo e vómitos, p.e.).
Marca | 1.ª Toma | 2.ª Toma |
Microginon | 4 pílulas | 3 pílulas |
Neomonovar | 4 pílulas | 3 pílulas |
Gynera | 4 pílulas | 3 pílulas |
Minulet | 4 pílulas | 3 pílulas |
Marvlon | 4 pílulas | 3 pílulas |
Diane 35 | 3 pílulas | 3 pílulas |
Mercilon | 5 pílulas | 5 pílulas |
Minigeste | 5 pílulas |
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