sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Espermatozóides

Mensagem 
Olá! Eu gostava de saber se eu tiver bastantes relações sexuais (todos os dias 1 vez por dia) se posso ficar sem espermatozóides???? Respondam sff ?tou a ficar preocupado. 

Resposta 
Deixa lá que vens "equipado" com "material" suficiente para a vida toda... E se houver problemas, o teu próprio corpo mandar-te-á sinais: cansaço, falta de vontade, etc..

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Transmissão do VIH por via oral

Q1. A transmissão do VIH por via oral foi alguma vez relatada? 
R1. Existe evidência que resulta da confirmação por recentes estudos de casos individuais, que o VIH se transmite por sexo oral. Potencialmente, a forma mais arriscada de sexo oral para uma pessoa não infectada é o felácio receptivo com ejaculação para a boca devido à exposição a maior quantidade de VIH do esperma da pessoa infectada. 

Q2. No que toca à transmissão do VIH, o sexo oral é a forma mais segura de sexo não protegido com penetração? 
R2. A evidência demonstra que o sexo oral é menos perigoso que o sexo desprotegido anal e vaginal. Está bem estabelecido que o sexo anal desprotegido é a forma de sexo desprotegido mais perigosa. O risco associado ao sexo oral, anal e vaginal pode ser aumentado (ex. inflamações, úlceras na boca, vagina, pénis ou recto). O sexo oral é comum entre heterossexuais e homossexuais. Apesar do sexo oral desprotegido poder ser menos arriscado, do que o sexo desprotegido anal e vaginal, a frequência do sexo oral em alguns grupos pode aumentar a sua contribuição relativa para a transmissão VIH. 

Q3. Que proporção de novas infecções podem ser atribuídas ao sexo oral? 
R3. Estudos recentes, essencialmente em homossexuais masculinos, em S. Francisco e em Londres , sugerem que 6 a 8% das novas infecções foram adquiridas apenas por sexo oral. 

Q4. O sexo oral é menos arriscado que o sexo sem penetração? 
R4. O sexo oral coloca mais riscos que o sexo sem penetração, tal como a masturbação mútua, contacto boca a boca, esfregar um corpo contra o outro, e abraços e massagens, em que existe o mínimo de oportunidade de contacto de fluidos corporais potencialmente infecciosos. Não existem relatos de transmissão do VIH relacionados com estas actividades. 

Q5. A boa higiene oral pode diminuir ou aumentar a transmissão VIH via sexo oral? 
R5. Uma boa higiene oral pode diminuir o risco, mas a escovagem e a passagem do fio dental pouco antes do sexo oral pode aumentar a transmissão, especialmente se as gengivas sangrarem. A utilização de culutórios orais antes ou depois do sexo oral podem não ser úteis; em vez de aumentar a protecção pode diminui-la através da remoção de substâncias de protecção normalmente encontrada na cavidade oral. 


Q6. Que factores podem aumentar o risco de transmissão através do sexo oral? 
R6. Doenças ou infecções na cavidade oral, que comprometam a protecção da cavidade oral e garganta podem aumentar o risco de transmissão do VIH durante o sexo oral (ex. úlceras bocais, gengivas inflamadas, garganta irritada, ou gengivas a sangrar após escovagem ou utilização de fio dental). O sexo oro-vaginal durante o período de menstruação pode colocar mais riscos de transmissão do que em outras alturas. Os níveis elevados de vírus no sangue (carga viral elevada) podem corresponder a níveis elevados de vírus no esperma e nos fluidos vaginais, podendo aumentar o risco de transmissão VIH através do sexo com penetração não protegido, incluindo o sexo oral. Os níveis elevados da carga viral estão associados ao início da infecção e a estágios mais avançados da doença. 

Q7. Como é que o VIH é transmitido através do sexo oral? 
R7. O VIH está presente nos fluidos genitais, como o esperma, fluido pré-ejaculatório e secreções vaginais e cervicais. Conhecimentos actuais sobre a quantidade de vírus nos fluidos genitais e saliva indicam que algum material infeccioso pode ser difundido entre parceiros se um deles estiver infectado. O que sabemos sobre a biologia do VIH e da cavidade oral indica que a transmissão do VIH através do sexo oral é possível e suporta a conclusão de que o risco é real, mas menor que outro tipo de exposição através de sexo com penetração. 

Q8. Será que evitar a ejaculação elimina o risco de transmissão? 
R8. Algumas pessoas praticam o sexo oral evitando a ejaculação como uma estratégia de redução de risco. Mas o VIH tem sido encontrado nos fluidos pré-ejaculatórios e têm sido relatados casos de transmissão do VIH através do sexo oral sem ejaculação na boca. É provável que o aumento de volume dos fluidos infectados possam resultar num aumento da exposição ao vírus e que evitar a ejaculação na boca possa diminuir o risco de transmissão. 

Q9. Será que outras infecções podem ser transmitidas através do sexo oral? 
R9. As infecções sexualmente transmissíveis como a gonorreia, a clamídia, a sífilis, o vírus herpes simplex, o HPV, e o vírus da hepatite B podem ser transmitidas através do sexo oral. 

Q10. O que pode ser feito para diminuir o risco de transmissão por via oral? 
R10. A utilização de preservativo durante o sexo oral pode diminuir o risco de transmissão do VIH e outras infecções pela actuação de uma barreira de protecção contra os fluidos corporais (ex. esperma, fluidos vaginais). Adaptado: Coordenação Nacional para a Infecção VIH /SIDA

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cuidados alimentares durante a gravidez

A grávida deve evitar os excessos relativos a açucares, fritos e gorduras. São igualmente de evitar os patés e alguns queijos, como o brie e o camembert. Também alimentos crus e mal cozinhados, tais como os ovos, peixe, carne vermelha e carne branca que não devem ser consumidos, porque todos eles são eventuais fontes de bactérias que podem prejudicar o feto em desenvolvimento. 

Para além disso, a carne crua e a carne mal passada podem transmitir toxoplasmose, que é uma doença susceptível de causar defeitos ou até a morte ao bebé, podendo-se dizer o mesmo quanto ao leite não pasteurizado. Requer-se igualmente uma especial atenção com as saladas cruas. Neste caso será conveniente e desejável deixá-las de molho durante algum tempo com 3 a 4 gotas de lixívia e lavar com água abundante antes de as preparar. É preciso ter a mesma atenção com os molhos e cremes, em particular durante o tempo quente, pois estes são facilmente contamináveis com microorganismos. 

Substâncias a evitar 

Drogas – As drogas, assim como muitos medicamentos, são bastante perigosos para o bebé e para o seu desenvolvimento. A heroína e a cocaína, apenas para citar alguns exemplos, podem matar o feto ou causar um vasto número de defeitos e ou problemas, na medida em que atravessam a placenta. 

Medicamentos – Alguns medicamentos poderão causar mal-formações ao feto ou causar efeitos secundários graves pelo que nunca se deverá auto-medicamentar mesmo quando se tratem de medicamentos de uso comum ou que tome frequentemente. Deverá sempre consultar o seu médico e informá-lo da sua gravidez. 

Tabaco – Durante a gravidez, o tabaco deve ser evitado por completo. Está provado que fumar durante a gravidez pode provocar vários problemas para o bebé, tais como a dificuldade de aprendizagem, aborto espontâneo, parto prematuro, descolamento prematuro da placenta, diminuição da qualidade e quantidade do leite materno, pouco peso, entre outros. 

Cafeína – Quanto à cafeína, que se encontra no café, no chá, chocolates e alguns refrigerantes, não existem estudos que confirmem, de forma inequívoca, a sua nocividade para a mãe e para o bebé. Não existirão problemas se a mãe ingerir o equivalente a 300/400 miligramas de cafeína por dia. Mas, apesar de se entender que esta quantidade de cafeína não é prejudicial nem à mãe nem ao feto, também não existem certezas absolutas quanto ao que pode acontecer se aqueles valores forem ultrapassados. No entanto, existem indicações de que poderá haver o risco de aborto espontâneo durante o 1º trimestre de gestação, ou que o bebé nasça com peso abaixo do normal. Um outro inconveniente do café é o facto de este ser um diurético, o que origina a perda de líquidos e de cálcio, muito importantes durante a gravidez, como também diminui a capacidade do organismo em absorver ferro, outro nutriente fundamental ao desenvolvimento da futura criança. 

Álcool – Durante a gravidez, a mulher também necessita de ter cuidado com a quantidade de álcool que ingere, pois não se sabe exactamente qual o nível seguro de consumo de álcool para uma grávida, até porque varia de pessoa para pessoa. É certo que o consumo de álcool em excesso durante a gravidez afecta o desenvolvimento fetal, uma vez que entra na corrente sanguínea da mãe e atinge o bebé através da placenta. Pode originar o síndroma de abstinência no recém-nascido e ter efeitos nocivos prolongados, nomeadamente anomalias cardíacas, problemas no sistema nervoso central, dificuldades de aprendizagem ao nível da fala, de crescimento, hiperactividade, entre outros. O álcool em excesso pode levar ao aborto espontâneo, ao parto prematuro ou bebés com peso abaixo do normal. Por estas razões, muitos médicos recomendam a abstinência total durante a gravidez, se bem que tomar um copo de vinho esporadicamente não seja prejudicial. Mas nunca se esqueça que você tem uma criança dentro de si a crescer e que pode prejudicar a criança sem querer por causa dos seus hábitos alimentares e assim. Fonte: Cuidados alimentares durante a gravidez | Planeamento Familiar

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Dor na relação sexual

Mensagem 
Fazer sexo dói?

Resposta 
Quer sejas rapaz ou rapariga, podemos dizer-te: a relação sexual não é suposto doer. Nada. Nada mesmo! E na primeira vez deve ser uma "impressão" nova, talvez pouco agradável porque pouco "familiar", mas não "dor". Às vezes nem é nada... No entanto, as raparigas têm normalmente muito medo da primeira vez... medo que doa. Mas ter a predisposição certa, estar relaxada e querer mesmo... ajuda. E os rapazes, alguns também acham que dói... mas o problema principal é a ansiedade. Em qualquer caso, nunca tenham relações sem protecção ou sem ambos quererem MESMO.

domingo, 19 de agosto de 2012

O que é o VIH/sida?


A Sida é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que penetra no organismo por contacto com uma pessoa infectada. A transmissão pode acontecer de três formas: relações sexuais; contacto com sangue infectado; de mãe para filho, durante a gravidez ou o parto e pela amamentação. O VIH é um vírus bastante poderoso que, ao entrar no organismo, dirige-se ao sistema sanguíneo, onde começa de imediato a replicar-se, atacando o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo e deixando a pessoa infectada (seropositiva), mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas infecções oportunistas que são provocadas por micróbios e que não afectam as pessoas cujo sistema imunológico funciona convenientemente. Também podem surgir alguns tipos de tumores. Entre essas doenças, encontram-se a tuberculose; pneumonia por Pneumocystis carinii; candidíase, que pode causar infecções na garganta e na vagina; citomegalovirus, que é um vírus que afecta os olhos e os intestinos; toxoplasmose que pode causar lesões graves no cérebro; criptosporidiose, uma doença intestinal; sarcoma de Kaposi, uma forma de cancro que provoca o aparecimento de pequenos tumores na pele em várias zonas do corpo e pode, também, afectar o sistema gastrointestinal e os pulmões. A Sida provoca ainda perturbações como perda de peso, tumores no cérebro e outros problemas de saúde que, sem tratamento, podem levar à morte. Esta síndrome manifesta-se e evolui de modo diferente de pessoa para pessoa. 

Sintomas 
A fase aguda da infecção com VIH ocorre uma a quatro semanas após o momento do contágio. Algumas pessoas apresentam sintomas semelhantes aos de uma gripe, como febre, suores, dor de cabeça, de estômago, nos músculos e nas articulações, fadiga, dificuldades em engolir, gânglios linfáticos inchados e um leve prurido. Calcula-se que pelo menos 50 por cento dos infectados tenham estes sintomas. Algumas pessoas também perdem peso e outras, ocasionalmente, podem perder a mobilidade dos braços e pernas, mas recuperam-na passado pouco tempo. A fase aguda da infecção com VIH dura entre uma a três semanas. Todos recuperam desta fase, em resposta à reacção do sistema imunológico, os sintomas desaparecem e observa-se um decréscimo da carga vírica. Os seropositivos vivem, depois da fase aguda, um período em que não apresentam sintomas, embora o vírus esteja a multiplicar-se no seu organismo o que pode prolongar-se por diversos anos. É neste período que se encontram, actualmente, 70 a 80 por cento dos infectados em todo o mundo. Na fase sintomática da infecção (mas ainda sem critérios de Sida), o doente começa a ter sintomas e sinais de doença, indicativos da existência de uma depressão do sistema imunológico. O doente pode referir cansaço não habitual, perda de peso, suores nocturnos, falta de apetite, diarreia, queda de cabelo, pele seca e descamativa, entre outros sintomas. A fase seguinte na evolução da doença designa-se por Sida e caracteriza-se por uma imunodeficiência grave que condiciona o aparecimento de manifestações oportunistas (infecções e tumores). A evolução da infecção descrita acima, designada como “Evolução Natural da Infecção” pode, actualmente, ser modificada pelo tratamento com os fármacos anti-retrovíricos, podendo os seropositivos nunca chegar a uma fase sintomática da doença. 

Diagnóstico 
O diagnóstico faz-se a partir de análises sanguíneas para detectar a presença de anticorpos ao VIH. Estes anticorpos são detectados, normalmente, apenas três a quatro semanas após a fase aguda, não podendo haver uma certeza absoluta sobre os resultados nos primeiros três meses após o contágio. As primeiras análises a um infectado podem dar um resultado negativo se o contágio foi recente. Por isso, os testes devem ser repetidos quatro a seis semanas e três meses após a primeira análise. O período em que a pessoa está infectada, mas não lhe são detectados anticorpos, chama-se «período de janela». Aos seropositivos realizam-se também testes de carga vírica para avaliar o nível de VIH no sangue. Estes, juntamente com os exames para efectuar a contagem de células CD4, são fundamentais para fazer um prognóstico sobre a evolução da doença. Se a carga vírica for elevada e a contagem das células CD4 baixa, e se o seropositivo não começar a fazer tratamento, a doença progredirá rapidamente. Os testes à carga vírica são, igualmente, importantes para avaliar a reacção do doente aos tratamentos. Os dois exames são, geralmente, repetidos de três em três meses. Uma pessoa saudável tem entre 500 e 1 500 células CD4 por mililitro de sangue. A seropositividade transforma-se em Sida quando as células CD4 baixam para menos de 200 por mililitro de sangue, ficando assim o organismo mais desprotegido e tornando-se um alvo fácil das chamadas doenças oportunistas. No caso dos recém-nascidos, filhos de mães seropositivas, os testes aos anticorpos só têm completa validade ao fim de 18 meses, já que os anticorpos existentes no seu organismo podem ter sido herdados da mãe. Ao fim desse período, se a criança não apresentar anticorpos é porque o VIH não se encontra presente e o bebé torna-se seronegativo. Nestes casos, pode também fazer-se uma análise para detectar a presença de material genético do vírus. 

Contágio 
Através de sangue, sémen, fluidos vaginais, leite materno e, provavelmente, dos fluidos pré-ejaculatórios dos seropositivos. O VIH não se transmite pelo ar nem penetra no organismo através da pele, precisando de uma ferida ou de um corte para penetrar no organismo. A forma mais perigosa de transmissão é através de uma seringa com sangue contaminado, já que o vírus entra directamente na corrente sanguínea. A transmissão por via sexual nas relações heterossexuais é mais comum do homem para a mulher, do que o contrário, porque o sémen é mais virulento do que os fluidos vaginais. O contágio pode ocorrer em todos os tipos de relação, seja vaginal, anal ou oral, já que as secreções vaginais ou esperma, mesmo que não entrem no organismo, podem facilmente contactar com pequenas feridas e cortes existentes na vagina, ânus, pénis e boca. As relações sexuais com mais riscos são as anais. De mãe para filho, o vírus pode ser transmitido durante a gravidez, o parto ou ainda através da amamentação. O VIH pode encontrar-se nas lágrimas, suor e saliva de uma pessoa infectada. Contudo, a quantidade de vírus é demasiado pequena para conseguir transmitir a infecção. É durante a fase aguda da infecção, que ocorre uma a quatro semanas após a entrada do vírus no corpo, que existe maior perigo de contágio, devido à quantidade elevada de vírus no sangue. Actualmente, a transmissão por transfusão de sangue ou de produtos derivados do sangue apresenta poucos riscos, uma vez que são feitos testes a todos os dadores. 

Prevenção 
Usar sempre preservativo nas relações sexuais, não partilhar agulhas, seringas, material usado na preparação de drogas injectáveis e objectos cortantes (agulhas de acupunctura, instrumentos para fazer tatuagens e piercings, de cabeleireiro, manicura). É, também, preciso ter atenção à utilização de objectos, uma vez que, se estiverem em contacto com sémen, fluidos vaginais e sangue infectados, podem transmitir o vírus.

sábado, 11 de agosto de 2012

Diafragma

Mensagem: 
Só queria saber, por curiosidade, como é que as raparigas colocam um diafragma. 

Resposta: 
Existem vários tipos de diafragma, pelo que é necessário fazer um exame ginecológico antes de optar por este método contraceptivo. Para colocar o diafragma, antes da relação sexual, a mulher deve pegar-lhe com uma das mãos, fazendo um bocadinho de força a fim de estreitar o aro com os dedos indicador e polegar. A outra mão é utilizada para, na vagina, afastar os pequenos lábios enquanto nela insere o diafragma, que é empurrado ao longo da vagina até ao colo ("entrada", mais estreita) do útero. O aro do diafragma deve tocar as paredes laterais da vagina. A mulher não deve sentir qualquer sensação de incómodo. Para ser minimamente eficaz, o diafragma não deve ser retirado antes de 6 a 8 horas após a relação sexual e não deve permanecer mais de 24 horas (há risco de infecção). Depois de ser utilizado e retirado, o diagragma deve ser deverá ser lavado, desinfectado e seco, para se manter em bom estado de conservação. Esperamos ter esclarecido as tuas dúvidas. Fica bem!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A Sexualidade nos Adolescentes

O instinto sexual é algo que, desde os insectos ao ser humano, aparece de uma maneira extremamente forte, levando a certos comportamentos e gastando energias que só se justificam biologicamente porque tornam possível algo fundamental à vida: a propagação da espécie. 

Mas, se nas espécies inferiores como os insectos, répteis ou peixes, esse instinto se inicia e acaba com o acto sexual em si, à medida que se caminha para as espécies superiores, começa a ver-se que muitas vezes o instinto também serve para criar laços ou relações mais ou menos fortes entre os parceiros sexuais. Normalmente, o objectivo é que ambos os progenitores ajudem na criação dos filhos, que é tanto mais complexa, demorada e exigente de cuidados quanto mais evoluída é a espécie. 

Hoje em dia, sobretudo graças às técnicas de contracepção e também de concepção ou reprodução assistida, altamente eficazes aparecidas nos últimos 50 anos, sexo e reprodução já não andam necessariamente juntos. Convém ter presente as ideias acima expostas para podermos compreender melhor a nossa sexualidade. Frequentemente ela é apenas sentida como uma necessidade básica de satisfazer um impulso fisiológico, ou seja, do nosso corpo. 

Este impulso pode ser satisfeito, por exemplo, através da masturbação ou através de um(a) parceiro(a) casual ou pago(a) para o efeito. Mas na maioria das vezes esse “sexo pelo sexo” não é de modo algum completamente satisfatório em termos psicológicos e afectivos, ou seja, dos nossos sentimentos. Isso acontece porque, como somos seres humanos, para realizarmos ou vivermos completamente a nossa sexualidade, existe sempre a necessidade de criarmos laços ou relações afectivas e de cumplicidade com a pessoa que escolhemos como companheiro(a). 

O relacionamento sexual tem assim, na nossa espécie, além da função reprodutiva, dois papéis importantíssimos: a satisfação de um instinto básico, tal como existe nos outros animais, e sobretudo, a criação de laços fortes entre duas pessoas que buscam o prazer mútuo e uma vida em comum. Fonte: A Sexualidade nos Adolescentes | Planeamento Familiar

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Curtir vs Sexo

Mensagem: 
Eu queria que me ajudassem, pois estou muito confusa e já não sei o que pensar. No outro dia fui para casa de um amigo meu, pois ele estava a dar uma festa e tinha-me convidado. Quando lá cheguei o rapaz de quem eu gosto perguntou-me se eu queria curtir e eu aceitei - já não era a 1.ª vez que estavamos a curtir. Quando estávamos nos "amassos" ele parou e perguntou se eu queria (fazer sexo), e eu disse que não, era muito cedo, e ele pareceu não se importar.... Mas eu acho que ele se importou porque da 3.ª vez, que foi hà pouco tempo, ele já não estava como costumava estar quando curtíamos... No outro dia ele disse que me amava pelo chat e eu fiquei confusa porque ele diz para toda a gente ouvir que não gosta de mim. Eu falei disso com a minha melhor amiga e ela disse-me para não me fiar muito nisso e que podia ser só conversa. Eu já não sei o que pensar, porque eu gosto muito dele mas tenho medo de ser rejeitada mais uma vez e tenho a certeza que fiz a coisa certa. Dêem-me a vossa opinião. Obrigada. 

Resposta: 
Sim. Sem saber mais e sem vos conhecer tu fizeste a coisa certa, pois não deixaste avançar numa coisa para que não te sentias preparada. Se ele queria mais e se te "penaliza" por isso, achamos que isso só prova que ele não gosta de ti (ama/respeita), mas que queria os "benefícios" de "curtir" contigo... Se ele gostasse de ti mesmo, não "cobrava" o facto de não teres aceite o que ele pediu, aguardaria o momento que tu quisesses e aí respeitar-te-ia. Mas - pensa nisto - pensa bem no que implica fazer sexo sem o afecto que deve sempre ir junto e sem a pessoa sentir que quer mesmo. Confia na tua cabeça e no teu coração, porque o que tu sentes vale mais que tudo. Ah, e foge de intrigas e conversa de ouvir-dizer. Se há coisas a resolver, por muito que custe é cara a cara.