sexta-feira, 27 de maio de 2011

VIH e SIDA

O que é?
O VIH - Vírus da Imunodeficiência Humana é responsável pela infecção das células do sistema imunitário, tornando-o mais vulnerável.

Numa fase inicial, as pessoas infectadas não apresentam sintomas. No entanto, à medida que a infecção progride o sistema imunitário vai enfraquecendo tornado-se sujeito às chamadas infecções oportunistas.

À fase da doença em que o quadro clínico se agrava, ou seja quando surgem mais infecções ou otras patologias, como o cancro, designa-se por SIDA - Síndrome de Imundodeficiência Adquirida.

Normalmente, este quadro aparece 10 a 15 anos depois do aparecimento da infecção por VIH. Os medicamentos podem, contudo, atrasar o processo de evolução da doença.

O VIH encontra-se principalmente no sangue, no sémen e nos fluídos vaginais das pessoas infectadas.

Assim, a transmissão do vírus só pode ocorrer se estes fluídos corporais entrarem directamente em contacto com o corpo de outra pessoa, pela via sexual e sanguínea.

Uma mulher seropositiva pode também transmitir o vírus ao seu bebé durante a gravidez, o parto ou o aleitamento.

É importante salientar o facto de não constituirem riscos de transmissão comportamentos sociais, como abraçar, beijar, apertar a mão, beber pelo mesmo copo de uma pessoa infectada pelo VIH.

A infecção pode ser prevenida:
- utilizando o preservativo masculino ou feminino nas relações sexuais

- não partilhando objectos cortantes, agulhas, lâminas de barbear ou seringas

O risco de contágio de uma mãe seropositiva para o seu bebé pode também ser diminuído significativamente ao realizar uma terapêutica adequada durante a gravidez e o parto e evitando o aleitamento.


Diagnóstico e Tratamento

Diagnóstico
Quem deve fazer o teste
Como funciona o teste de diagnóstico
Onde posso fazer o teste

Tratamento e acesso aos cuidados
Terapêutica anti-retrovírica
Apoio psicológico e social


Diagnóstico
Quem deve fazer o teste

Todas as pessoas devem fazer o teste do VIH. Mas este torna-se ainda mais necessário se se verificarem comportamentos de risco, como:

- relações sexuais desprotegidas, i.e., sem preservativo
- partilha de seringas ou outro material de injecção de drogas
- contacto com sangue de outra pessoa



Como funciona o teste de diagnóstico
O diagnóstico faz-se a aprtir de análises sanguíneas específicas para o VIH. Esta análise detecta os anticorpos que o sistema imunitário produz contra o vírus, ou mesmo o próprio vírus.

Caso tenha havido comportamento de risco, a colheita de sangue deve ser efectuada apenas 3 a 10 semanas após o contacto, não podendo existir uma certeza sobre os resultados nos primeiros 3 meses após o contágio. As primeiras análises a uma pessoa infectada pelo vírus podem dar um resultado negativo, se o contágio foi recente. Por estes motivos, e na dúvida, o teste deve ser repetido passados 3 meses.



Onde posso fazer o teste
Pode pedir ao seu médico de família ou médico assistente que prescreva o exame. Outra opção passa por fazer o teste (anónimo, confidencial e gratuito), num CAD - Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce do VIH/SIDA.
Consulte a lista de CAD


Tratamento e acesso aos cuidados
Terapêutica anti-retrovírica
Não há ainda uma cura para a infecção pelo VIH e SIDA. Os tratamentos passam pela administração de uma terapêutica anti-retrovírica bastante eficaz.

Em Portugal, esta terapêutica é gratuita e de distribuição hospitalar, basta que as pessoas seropositivas sejam referenciadas junto dos serviços, sendo marcada uma primeira consulta médica.

O tratamento com medicamentos anti-retrovíricos deve ser acompanhado desde o início de modo a aumentar a adesão dos doentes.

Para além do acesso a terapêuticas, a pessoa infectada necessita também de apoio psicológico.


Apoio psicológico e social
O diagnóstico de infecção por VIH provoca um conjunto de emoções com as quais pode ser difícil de lidar: ansiedade, negação, depressão, medo. O apoio psicológico e aconselhamento é, assim, fundamental para garantir o bem-estar dos seropositivos.

Para além dos serviços hospitalares, também algumas Organizações Não Governamentais (ONG) ou Instituições Portuguesas de Solidariedade Social, disponibilizam consultas de aconselhamento a pessoas infectadas. Consultar lista de organismos.

A Segurança Social prevê mecanismos e serviços de apoio social nas seguintes áreas:

Atendimento / Acompanhamento Social - Destina-se a informar, orientar, encaminhar e apoiar indivíduos e famílias.

Apoio Domiciliário - Assegura a prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio a pessoas ou famílias que não possam assegurar, temporária ou permanentemente, a satisfação das suas necessidades básicas e/ou as actividades da vida diária.

Residência - Equipamento destinado a pessoas infectadas pelo HIV/SIDA em ruptura familiar e desfavorecimento sócio-económico. Pretende-se que o ambiente destas residências, que deverão alojar entre cinco e dez pessoas, se aproxime o mais possível do de uma unidade familiar.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Infecções Sexualmente Transmissíveis

As principais vias de transmissão de IST são:
-as relações sexuais vaginais, não protegidas, entre mulher e homem. Ou seja, quando o pénis, sem preservativo é introduzido na vagina.
-as relações sexuais anais, não protegidas, entre mulher e homem ou entre homem e homem. Ou seja, quando o pénis é introduzido no ânus sem a protecção de um preservativo.
-e, para algumas doenças, as relações sexuais orais. Ou seja, quando a vagina, o clitóris ou o pénis estão em contacto com a boca do parceiro.
Quando não estão em contacto com o corpo, a maior parte dos agentes infecciosos responsáveis pelas IST morre rapidamente.

Alguns sinais podem traduzir-se na existência de uma IST:
-corrimento vaginal anormal, frequentemente com mau cheiro ou corrimento uretral
-presença de vermelhidão, bolhas, verrugas ou vesículas nos órgãos genitais ou à sua volta
-dor ou sensação de queimadura ao urinar
-dores difusas no baixo ventre
-sensação de dor ou queimadura aquando das relações sexuais
febre

Certas infecções provocam sintomas apenas no homem outras somente na mulher e, por vezes, pode existir infecção sem qualquer tipo de sintoma.

Em certos casos, as consequências de uma IST não tratada manifestam-se mais tarde sem que, entretanto, se tenha detectado qualquer sinal anormal.

O tratamento das IST deve ser sempre feito aos parceiros envolvidos na relação sexual, mesmo que não haja nenhum sintoma. Desta forma, evitam-se complicações graves como é o caso da infertilidade.

É essencial para a saúde que as pessoas conversem com os seus parceiros sobre se têm ardores, dores ou incómodos na zona genital e que consultem um médico ou um centro de aconselhamento em planeamento familiar com a maior brevidade possível. Indo à consulta, rapidamente se faz o diagnóstico e se inicia o tratamento.


Mensagens importantes
- A melhor estratégia para prevenir o aparecimento de uma IST é a prática de sexo MAIS seguro.
- O preservativo é o método mais eficaz para evitar uma IST.
- É fundamental estar consciente dos riscos, sobretudo quando se tem vários(as) parceiros(as) sexuais.
- Logo que se sintam incómodos ou se detectem lesões na zona genital, deve consultar-se um médico.
- Quando se diagnostica uma IST, deve informar-se o(a) parceiro(a).
- Os exames periódicos são essenciais para despiste das IST, uma vez que os sintomas são muito difíceis de detectar.
- A prevenção e a detecção precoce são a melhor maneira de evitar complicações de saúde mais graves.
- Esteja atento(a) aos sinais...


Existe diferença entre IST e DST?
IST é abreviatura para Infecções Sexualmente Transmissíveis e são estas infecções que podem desencadear as doenças, ou seja as DST, Doenças Sexualmente Transmissíveis. Apesar desta precisão, ambas as palavras são muitas vezes entendidas como sinónimos. O mais importante é saber que a sua principal via de transmissão são as relações sexuais, sejam elas relações sexuais vaginais, sexo oral ou sexo anal.

Quais os principais sintomas de uma IST?
Uma IST nem sempre se manifesta de forma clara, pelo que os exames clínicos são muito importantes para o diagnóstico.
Mas os principais sintomas costumam ser: corrimentos vaginais ou, nos homens, uretrais; presença de vermelhidão, bolhas, verrugas ou vesículas nos órgãos genitais e à sua volta; dor ou sensação de queimadura ao urinar; dores na zona pélvica (baixo ventre); sensação de dor ou queimadura quando se tem relações sexuais; febre.

Como se pode evitar uma IST?
A utilização de preservativo é ainda o método mais eficaz na prevenção de uma IST sempre que há relações sexuais.

As IST são fáceis de tratar?
Depende. Há infecções bacterianas que podem ser tratadas com antibióticos. Mas outras infecções, como o VIH, que permanecem no organismo e implicam um tratamento durante toda a vida.

Onde posso fazer um teste de VIH/SIDA?
É possível fazer um teste de VIH/SIDA recorrendo aos Centros de Aconselhamento e Detecção de VIH (CAD), pedindo ao médico de família ou a um médico particular e nos centros de rastreio. Em Lisboa, na Lapa, existe um Centro de Rastreio Anónimo com teste gratuito (Tel:21 393 01 51)

É possível ficar infectado com sexo oral?
Sim. Existe sobretudo o risco de contrair infecções como a Gonorreia, a Clamídia, a Sífilis ou o VIH, quer recebendo, quer fazendo sexo oral.

O que é o herpes genital?
O herpes genital é uma IST provocada por um vírus (normalmente o vírus simplex do tipo 2), através do contacto sexual. É das infecções mais frequentes. Como é difícil de detectar, muitas vezes o vírus passa para o/a parceiro/a sem que se saiba da sua existência.
O herpes pode ser tratado para atenuar as queixas e sintomas. Mas não existe cura, sendo o seu aparecimento recorrente.

O cancro do colo do útero é uma DST?
O cancro do colo útero é uma doença que resulta de infecções persistentes pelo Vírus do Papiloma Humano, o HPV.
Este vírus propaga-se, sobretudo, pelo contacto sexual pelo que é fundamental a prática de sexo mais seguro.
Em Portugal, é já possível vacinar as raparigas contra o HPV.


Onde posso obter preservativos femininos gratuitos?
Em centros de saúde, hospitais e algumas Organizações Não Governamentais, como a Associação para o Planeamento da Família.

O preservativo feminino não está ainda disponível em farmácias.

Os preservativos femininos são tão eficazes contra as IST como os preservativos masculinos?
Sim. O nível de protecção é o mesmo.