quinta-feira, 25 de abril de 2013

Portugal no topo da gravidez adolescente e VIH


Portugal é o segundo país da Europa Ocidental com maior número de mães adolescentes e o primeiro na infecção pelo VIH, alertam os promotores de um simpósio sobre educação sexual que começa quinta-feira em Lisboa.
A gravidez na adolescência e os comportamentos de risco associados à sexualidade são alguns dos tópicos que vão ser debatidos até sábado no "4º Simpósio de Sexologia da Universidade Lusófona de Lisboa", este ano dedicado à educação sexual.

De acordo com Américo Baptista, promotor do encontro e especialista em sexologia, o objectivo é "tentar perceber como estamos em educação sexual e quais os caminhos que devemos seguir".

"Pretendemos avaliar como nos situamos em termos de educação sexual em relação aos nossos congéneres europeus" e além de especialistas e entidades portuguesas, foram convidados peritos estrangeiros na matéria que vão abordar a situação em Espanha, Itália e Inglaterra, explicou.

Em termos comparativos, o especialista indicou que Portugal "está mal" no que respeita à gravidez na adolescência, com 22 casos em cada mil jovens entre os 10 e os 19 anos, muito longe de países como Espanha, Bélgica, Itália ou Suíça, todos com uma taxa de gravidez abaixo dos 10 por cada mil adolescentes.

Nesta matéria, Portugal só é superado a nível europeu pelo Reino Unido (30,8), Eslováquia (26,9) e Hungria (26,5), de acordo com indicadores da UNICEF, publicados em 2001.

Também quanto ao VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), Portugal é ci ado pelas piores razões, sendo o país da Europa Ocidental com maior taxa de incidência de infecção.

Com 27.013 casos acumulados desde 1983, Portugal registou 1.174 novas notificações só no primeiro semestre de 2005.

No entanto, Américo Baptista sublinhou que o país evidencia as mesmas tendências evolutivas verificadas no resto da Europa, como o crescimento da transmissão entre heterossexuais, a diminuição de casos associados à toxicodependência e o aumento de casos de sida entre os 45 e os 54 anos.

Para prevenir os comportamentos de risco, "o conhecimento é fundamental , mas não chega", segundo um estudo conduzido por Américo Baptista junto de 1.018 estudantes universitários portugueses, que será apresentado pela primeira vez no simpósio.

De acordo com a pesquisa, "a relação entre os conhecimentos e o comportamento foi praticamente nula", o que significa que "quanto maior foi a prática de comportamentos de risco mais os jovens estavam conscientes daquilo que estavam a fazer".

Por isso, o estudo conclui que as campanhas de sensibilização têm uma eficácia muito limitada junto da população.

O especialista defende que a educação sexual nas escolas não deve apenas transmitir conhecimentos sobre os riscos associados à sexualidade, mas também motivar os jovens "a querer e a ser capaz" de adoptar uma atitude realmente preventiva.

A formação dos professores em educação sexual, o papel da comunicação social ou as disfunções sexuais são outros dos temas do simpósio, que reúne responsáveis de entidades como a Associação para o Planeamento da Família, a Liga Portuguesa Contra a Sida ou a Confederação Nacional das Associações de Pais.

domingo, 21 de abril de 2013

Pénis: tamanho


Mensagem:
Gostaria de saber o tamanho normal de um pénis com 14 anos de idade.

Resposta:
Aos 14 anos podes estar em estádios de desenvolvimento sexual diferente de outros rapazes da mesma idade. Por isso, não fornecemos medidas, até porque a nível de desenvolvimento do pénis, ele continua a desenvolver-se até aos 17, 18 anos (nota: desenvolver-se não significa crescer desmesuradamente).

Mais: a nível de satisfação sexual feminina, importa-lhes mais o desempenho, o carinho, o respeito do que o tamanho... a sério!

Tudo de bom!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Em que idade deve ser a primeira vez


 Tal e como não existe uma altura certa para estar preparado a iniciar a vida sexual activa, também não existe uma data para a primeira vez. Existem várias razões pelas quais um jovem se pode sentir atraído a ter relações sexuais pela primeira vez:

-Forma de conseguir maior proximidade;
-Um modo de ter novas experiências;
-Para provar a maturidade que se alcançou;
-Para ser como os outros amigos e conhecidos;
-Como um meio de encontrar alívio de certas pressões;
-Para investigar os mistérios do amor;
-Por desejos e atrações sexuais;
-Por amor.

Embora existam muitos motivos que levam os adolescentes a ter relações sexuais pela primeira vez e continuar a actividade sexual, estes não são todos igualmente válidos, uns são francamente melhores que outros.

Foi feita uma investigação em que se pediu a adolescentes que explicassem o que os levou a ter relações sexuais pela primeira vez. Descobriu-se que:

73% das raparigas e 50% dos rapazes: Tiveram relações sexuais pela primeira vez porque se sentiram pressionados a faze-lo! 11% das raparigas e 6% dos rapazes: Escolheram o amor como a razão para terem deixado de ser virgens.Isto é muito preocupante, porque significa que muita gente perdeu a virgindade sem realmente o desejar. Ou seja, há o risco de se começar a vida sexual sem estar verdadeiramente preparado para o fazer.

Existem muitas ideias, algumas falsas, sobre a primeira vez. Os filmes por exemplo, costumam mostrar cenas muito exageradas, apresentando a primeira vez como demasiado fácil ou demasiado difícil. Também ouvimos coisas como "Eu não senti nada de especial.", "Foi muito difícil.", "Não gostei nada, não era nada do que estava à espera.", "Não sei explicar, mas acho que foi bom!", etc.. Às vezes, já não sabemos em quem acreditar e a primeira vez parece um mistério.

Na realidade, a primeira vez é diferente de pessoa para pessoa e varia com o grau de confiança/compromisso, intimidade/ próximidade e paixão/atracção física que se tem com o companheiro(a). Quanto maior for a intensidade destas três coisas, melhor será a relação amorosa, e maior será a probabilidade de que a primeira vez seja uma experiência diferente e positiva.

Há ainda duas ideias falsas sobre a primeira vez. A primeira é que a mulher sangra quando perde a virgindade. Isto não é certo, visto que algumas mulheres sangram e outras não. O facto de algumas mulheres não sangrarem pode dever-se a várias razões, desde a constituição física até à prática de desporto.

A segunda ideia falsa é que na primeira vez a mulher não engravida. A probabilidade de uma mulher ficar grávida na primeira vez é igual à das restantes vezes que tiver relações sexuais. Assim como tem a mesma de contrair doenças sexualmente transmissíveis.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Paixão: correspondida ou não?


Mensagem:
Eu conheci uma rapariga fabulosa, chamada X e gosto muito dela, aliás amo-a. Já pedi para andar com ela e ela disse que não. Mas eu não desisti e comecei a dar-lhe toques e a enviar mensagens. Ultimamente disse que gostava muito dela. Ela quando a vejo diz olá e sorri para mim, mesmo sabendo que gosto dela. Eu acho que ela deve ter vergonha para assumir uma relação amorosa. O que posso fazer? Ajudem-me, eu não consigo viver sem ela. Respondam depressa. Abraços a todo o pessoal e obrigado por este fabuloso site. 

Resposta:
Só falando com ela e perguntando-lhe o que ela sente por ti poderias ficar mais "descansado". Mas damos-te um conselho: uma relação em que só um gosta de outro não tem muito futuro... 
Prepara-te para que ela goste de ti, mas prepara-te também para que tal não suceda...

O melhor remédio para as paixões assolapadas (não estamos a gozar!) é o tempo. Atenuam-nas e transformam-nas em amor, em amizade ou em... nada.

Boa sorte!

domingo, 7 de abril de 2013

Sexualidade


 A OMS - Organização Mundial de Saúde - definiu sexualidade como uma energia que encontra a sua expressão física, psicológica e social no desejo de contacto, ternura e às vezes amor. O desenvolvimento da sexualidade acontece durante toda a vida do indivíduo e depende da pessoa, das suas características genéticas, das interacções ambientais, condições socioculturais e outras, conhecendo diferentes etapas fisiológicas: infância, adolescência, idade adulta e senilidade. Na adolescência aparecem os caracteres sexuais secundários e tornam-se mais evidentes os comportamentos sexuais, tanto a nível biológico como a nível sócio-afectivo.

Caracteres sexuais secundários masculinos
Mudança na voz.
Desenvolvimento corporal por aumento da massa muscular.
Aumento do tamanho do pénis e dos testículos.
Poluções nocturnas.
Aparecimento do acne.
Aparecimento de pêlos nos órgãos genitais, axilas, etc.
Maior secreção da hormona testosterona

Caracteres sexuais secundários femininos
Alargamento das ancas. Maior acumulação de gordura no tecido adiposo.
Desenvolvimento dos seios e das ancas.
Menstruação mensal.
Aparecimento do acne.
Aparecimento de pêlos nos órgãos genitais, axilas, etc.
Maior produção da hormona estrogénio e progesterona.


As alterações corporais são vivenciadas de forma diferente, de jovem para jovem. Podem aparecer sentimentos de vergonha, timidez, pudor e até ansiedade, nomeadamente em casa, junto dos pais e dos irmãos, e na escola, junto dos colegas e das colegas.Por outro lado as hormonas que são responsáveis por estas modificações, produzem um acentuado aumento do desejo sexual e das sensações eróticas. É a partir desta fase que se vai desenvolver a resposta sexual adulta.As relações entre os dois sexos também vão sofrer alterações importantes. É frequente professores e pais relatarem situações de afastamento e mesmo hostilidade entre rapazes e raparigas na escola, em casa ou em grupos de amigos. Outra manifestação é a constituição de grupos e de espaços ferozmente mono-sexuais (proibição absoluta dos rapazes entrarem nos grupos das raparigas e vice-versa). É como se houvesse um período em que se torna interiormente muito importante mostrar claramente, a si mesmo e aos outros, que se pertence a um sexo bem definido, com características muito específicas e opostas ao outro sexo. 
                

Existe um misto de hostilidade e de jogo de provocação e sedução. Há um não querer e querer, um não precisar e precisar, um não gostar e gostar.Outro comportamento importante em alguns dos rapazes e raparigas pré-adolescentes é a masturbação que funciona como uma descoberta do corpo e de novas sensações. Pode ser vivida com um misto de prazer e de curiosidade, mas também com muitas dúvidas ou culpabilidades, dados os comentários negativos ou o silêncio dos adultos sobre este assunto. Esporadicamente, alguns adolescentes podem envolver-se em relações sexuais. Este não é, no entanto, um comportamento muito frequente nesta fase de desenvolvimento.No entanto, estes comportamentos não são generalizados, o que quer dizer que as fantasias ou preocupações ligadas à sexualidade não sejam uma característica comum.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Os gordinhos também amam


Mensagem:
Olá. Tenho 13 anos e sou muito gorda, peso 85 quilos. Já tentei fazer dietas mas não consigo, pois não resisto a estar sempre a comer. Que faço para emagracer? Será que nunca namorei nem beijei por ser gorda? Ajudem-me, por favor.

Resposta:
Face ao que contas, só um nutricionista te pode ajudar.
Contudo, lembra-te que às vezes a obesidade não é algo que se deseje: pode ser uma "tendência" inscrita nos nossos genes, pelo que ainda se torna mais importante pedir a a juda de um médico.

Podes tentar emagrecer um pouco, controlar o teu peso (demora tempo, demora) e, depois, chegando ao teu ponto de "tamanho normal" (que não é necessariamente o das modelos pré-anorécticas que por vezes se vêem) terás de ser capaz de te aceitar como és, do tamanho que és.

Há para aí gente gordinha que ama e é amada. Não te prendas só a isso, porque se olhares à tua volta verás de tudo - e bastantes casais gordinhos. Faz um esforço para não te "prenderes" só a isso, pois também há por aí rapazes bem gordinhos e (pasma!) magricelas que gostam de raparigas mais "redondinhas", ok?